O SIFIDE (Sistema de Incentivos Fiscais à Investigação e Desenvolvimento Empresarial) é um dos Benefícios Fiscais mais atrativos da Europa, no que diz respeito à I&D. No ano de 2020, foi atribuído um valor recorde de 326,5 M€ em deduções.
Atualmente, é um dos Benefícios Fiscais mais atrativos da Europa, no que diz respeito à I&D. Tem uma taxa de incentivo composta por duas parcelas distintas:
Para as empresas usufruírem desde benefício, têm que submeter uma candidatura à Agência Nacional de Inovação. Nesta candidatura, são identificados dois tipos de custos:
Estes custos são devidamente suportados por uma descrição técnica dos projetos de I&D que a empresa levou a cabo no exercício em causa. Estas descrições, por um lado, servirão para demonstrar a existência de atividades I&D e, por outro, permitem ao painel de avaliação validarem a razoabilidade dos custos apresentados.
No entanto, a nossa experiência acumulada de contacto com empresas de todas as dimensões e inseridas em dezenas de setores distintos diz-nos que muitas delas ainda não usufruem deste benefício, porque consideram que não fazem I&D ou que não são suficientemente inovadoras.
Uma empresa pode introduzir inovação no mercado, através de algo novo, mas isso não implica necessariamente que tenham existido atividades de I&D associadas a essa inovação. Se o resultado foi alcançado com base em conhecimento já existente, não há I&D. Por outro lado, uma empresa pode ter I&D num projeto cujo resultado final não traz inovação ao mercado. A I&D pode estar ao nível do processo produtivo, como por exemplo na automatização de tarefas que até então eram realizadas de forma manual, mantendo-se o produto final exatamente igual.
Esta afirmação não é verdadeira. A I&D pode ser encontrada no desenvolvimento de novos produtos, processos, serviços, mas também em melhorias significativas daquilo que já existe ou até num processo de modernização de equipamentos construídos com base em tecnologia obsoleta.
Na nossa atividade, trabalhando com empresas de todas as dimensões e de diferentes setores, encontramos muitas realidades onde conseguimos demonstrar a existência de atividades de I&D em vários âmbitos: desenvolvimento de novos produtos e processos ou melhoria dos existentes; otimização, automatização ou reestruturação de processos de fabrico e/ou equipamentos; criação de ferramentas para uso em processos internos, que em alguns casos nem incidem nas áreas de desenvolvimento e produtivas, mas antes nas áreas de suporte das empresas.
Isto pode ser encontrado no óbvio – um produto que dita um avanço significativo face ao estado da arte –, mas também na resolução de problemas, seja naquilo que é a sua atividade principal, os seus produtos, os processos de desenvolvimento ou produtivos, seja em áreas e/ou processos menos óbvios, mas cujos desenvolvimentos alcançados representam a criação de algo novo.